Histórico
Desde o início da década de 1980, o LABPMR (antigo LBCE, nomenclatura que deu origem a sigla tombo da coleção) vem estabelecendo uma coleção científica, com o objetivo de realizar estudos sobre taxonomia, biogeografia, parasitologia e ecologia de mamíferos no Brasil, visando compreender sua participação em ciclos de transmissão de agentes causadores de zoonoses. As primeiras coletas do acervo foram realizadas no município de Sumidouro, estado do Rio de Janeiro, em projetos que versavam sobre a participação de roedores silvestres, especialmente o rato d’agua,
Nectomys squamipes (Rodentia, Sigmodontinae) no ciclo de transmissão do
Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, sob a liderança e coordenação do parasitologista
Luis Rey. Ao longo dos últimos 30 anos, uma grande diversificação de projetos ecoepidemiológicos sobre as principais zoonoses brasileiras possibilitou a coleta de cerca de 12 mil espécimes de mamíferos silvestres, em todos os biomas e regiões do Brasil, sendo grande parte depositada na
COLMASTO. Os dados gerados possibilitaram a publicação de centenas de artigos científicos, desenvolvimento de dezenas de projetos de teses e de dissertações, contribuindo assim para a solução de questões complexas no estudo de zoonoses e fornecendo subsídios para políticas públicas no contexto da saúde única e para vigilância ambiental e epidemiológica de zoonoses no Brasil.